Meu
pai me apresentou os pássaros.
Meu
tio me ensinou a ler os seus vôos.
Alberto
é um nome que faz parte da minha carne.
Sete
letrinhas.
O
dionisíaco de um com seu violão, a cachaça e as
canções
inventadas
para fazer sorrir.
O
apolíneo do outro, iluminando com a lanterna pinheiros misteriosos e
saciando minha curiosidade com suas palavras e livros.
Um
é loucura, delírio, desejo escorpiano de vida e paixão.
Outro
é sensatez, tranquilidade, celibato e meditação sobre a técnica.
Entre
um e outro, eu.
Em
minha sensatez toda insensata desaprendi a tocar o violão.
Em
minha insensatez quase sensata ainda nem escrevi o livro, não
inscrevi parte de mim nas veias da terra.
Místico
sem fé.
Vagando
entre momentos solitários e lençóis coloridos.
Comigo
a língua portuguesa quer ir pro brejo.
Os
dois Albertos. Alentos.
Entre
um e outro
Eu.
(Uma singela homenagem ao meu tio Alberto A. Flach, Irmão Albano, que faleceu ontem)
lindo! sôr tu és um poeta muito sensível e intligente!
ResponderExcluirAmei
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