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12 maio 2012
Escorpião
Eu sou o escorpião.
O limite tênue entre a morte e a vida, a fera e o anjo.
O escorpião não vacila: cercado pelo fogo e na iminência de uma morte agonizante e lenta, pica-se e morre. O veneno dos outros escorpiões nada pode contra ele. Mas o seu próprio veneno lhe é mortal. A pergunta pelo suicídio é constante, está inscrita em seu corpo, por isso o escorpião precisa escolher a vida a cada dia. Age como se seu tempo estivesse acabando. É apaixonado, constante em seus altos e baixos, exige compromisso e entrega total.
Para o escorpião não há tempo senão o tempo de viver. Ele não quer distração, quer estar atento, quer atenção.
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