Neste sábado, 14 de julho, um holograma de Pablo Neruda caminhará pelas ruas de Santiago do Chile.
Ele nasceu há 110 anos.
O fantasma de Neruda retornará para encontrar belezas onde ninguém mais vê coisa alguma?
O que pensará ele sobre o mundo, este mundo?
Chorará o sangue das crianças palestinas derramado pelas ruas?
Escreverá outros tantos poemas de amor e outra canção desesperada?
O grande poeta certamente se assustaria com este nosso tempo. Será mesmo, Elenilton? Não é de susto, medo e maravilhas todo o tempo percorrido?
Os ossos dos ditadores contaminam a terra, toda a terra.
As ondas continuam a bater nas pedras de Isla Negra.
E os amantes de todas as partes seguem insistindo, lutando.
Certamente não é o mundo dos sonhos de ninguém.
Mas as razões para seguir continuarão existindo. Nós as inventamos todos os dias.
Pablo Neruda está vivo em seus livros, em seu testemunho militante.
O mundo, injusto, segue em obras.
Na foto, Pablo Neruda brinca com um pássaro na casa de Jorge Amado.
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