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06 novembro 2012

Eleições nos EUA

Me emociona este fervor todo com que muitos jornalistas brasileiros fazem a cobertura das eleições nos Estados Unidos. Muito lindo tudo isto. Via de regra, todos falam a mesma coisa. Se você ler um site qualquer, já leu praticamente tudo que eles dizem ou virão a dizer. Cópia da cópia.
Engraçado este fervor todo com "a maior democracia do mundo".
Hoje pela manhã um jornalista exaltava o fato de que "eles são democratas radicais", porque permitem que qualquer um seja candidato a presidente. Isto é uma falácia, porque a democracia não se resume a nomes que aparecem em uma lista para votar. De que adianta, por exemplo, aparecer um "Elenilton" na cédula de votação se você nunca ouviu falar dele, e nunca saberá quem é ele? E por quê? Porque só tem espaço quem é financiado pelos grandes conglomerados econômicos.

A campanha americana é dominada pelas grandes corporações, que se dividem em apenas dois grandes partidos políticos. As diferenças existem entre eles, mas são mínimas. No frigir dos ovos "tudo vira bosta", como disse a Rita Lee.
É uma democracia de controle, direcionada, como em geral são as democracias pelo mundo. O poder do cidadão comum é quase nulo. Basta surgir um multimilionário como candidato a qualquer coisa, e seu poder é maior do que 50 milhões de pessoas.
O velho poder do capital, a velha fórmula.

Estranho ainda que a cobertura da eleição de outro pais é melhor do que a nossa própria eleição, que se resume a divulgar as tais pesquisas eleitorais.
Há ainda uns chatos conservadores (eu penso aqui no Rio Grande do Sul) que fariam melhor se mudassem para os Estados Unidos. Tudo lá é melhor, mais lindo, perfeito...então por que ainda vivem no Brasil? Talvez porque não queiram se transformar em "chicanos", subempregados num país de alto índice de desemprego.


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