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20 fevereiro 2012

De volta



Uma bela fotografia para retomar as postagens no blog. De volta. Esta pequena tempestade assisti da sacada, ontem. Com prazer.

Em casa, uma das correspondências é de um padre e vem com uma "medalha milagrosa" que promete tudo fazer para seu portador. O tal padre envia juntamente com a medalha uma carta. Ele diz que "deseja ardentemente" que todos tenham o tal troço. Deseja, é? Humm...sei. E sugere uma contribuição de 25 reais para a sua boa causa de distribuir medalhas milagrosas. Eu disse obrigado, mas não estou necessitando de milagres no momento.

Nos sites de notícias a dor de sempre. A violência. Uma criança assassinada brutalmente. Acidentes de trânsito e a Polícia Rodoviária continua sendo uma ficção (eu nunca vi). Animais maltratados morrem nas ruas de Porto Alegre de sede e fome. A velha "Humanidade" de sempre.

Na casa da praia as formigas invasoras me presentearam com um 'insight' que rendeu um bom argumento dentro do romance.

Entre os tantos e-mails de cada dia, uma chamada Ordem dos Gregários quer que eu me agregue. Mas não sou muito chegado a ordens. Sobretudo a estabelecida, que nos reduz a consumidores passivos dessa ....[palavra censurada pelo Superego]

O Rio Grande do Sul, famoso pelo frio de gentes e climas, registra calorões históricos. Cidades inteiras migram para o litoral, que se transforma num formigueiro humano. Deve fazer calor lá também.

Por aqui, seguimos esses dias na bolha caseira. Flutuando entre cuidados com o Érico (que caminha e sorri emocionado) e os personagens que insistem em embaralhar minha mente. Até na ficção a maioria gostaria mesmo é de ser feliz. Mas um romance apenas com açúcar não faria nenhum sentido. Isto vou dizendo para eles e elas.

Em Brasília um ministro importante da presidente pede perdão para a bancada evangélica. Perdão. E as mãozinhas unidas como bom menino. Ai que meigo. Eles deveriam pedir perdão é pela extensão da mediocridade de uns e outros e todos. Ele não tem medo de se achar ridículo? Claro que não. Neste tempo brega o ridículo é o sucesso.

O tempo passa agalopado. Mesmo levando uma vida tranquila persiste a impressão de que dias passam com a rapidez de poucas horas. Nosso tempo anda depressa. Quer chegar rápido ao seu lugar nenhum.

Impressão minha ou nos permitimos bem menos do que poderíamos?

A classe média na sua vidinha de assistir Big Brother me assusta. Onde encontrar espaço para tanto vazio?

Mas vamos nessa. "As horas nuas" me olham aqui ao lado e minhas personagens me dão tapas na nuca: "Como é que é, vai acabar logo este livro ou não?".




[Foto de Fernando Mainar, Correio do Povo virtual em 19/02/2012]

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