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25 dezembro 2013

Os incêndios, Mujica presidente do Brasil e um beija-flor

Os incêndios durante o Natal sempre me chamaram a atenção. Que relação maluca é esta entre este período e o fogo? O que falam de nós as queimadas e as casas incendiadas?

Minha mãe hoje falando pouco. Isto é digno de nota. Por quê? Um médico receitou um destes "remedinhos para dormir". Médicos, hoje em dia, adoram receitar estas drogas. Muitas vezes por quase nenhum motivo. A indústria farmacêutica agradece, minha família lamenta. E um monte de gente preocupada com a maconha no Uruguai. Se vissem minha mãe hoje, teriam ainda mais um motivo para aderir à minha campanha: "Mujica presidente do Brasil!".

Um amigo da família, um homem do povo. Destes que perdem tudo e recomeçam de novo. Pois soube do meu livro pelo jornal, foi até a casa de minha mãe e comprou o exemplar dela. Hoje nos encontramos, ele  leu o livro, adorou e já emprestou para uma pessoa que acredita precisa lê-lo. Falamos sobre o Brasil e a democracia que se diz que há por aqui, desses governantes que durante a tarde falam em ouvir e à noite mandam a polícia bater. Nas despedidas, lhe disse que a experiência da caixa de perguntas é verdadeiramente democrática e funciona, mesmo com esta escola que ele vê muito violenta.
Ele, já saindo de bicicleta e desiludido com o país, me disse: "Mas tu é aquele beija-flor que vai jogando água pra apagar o incêndio".
Nem concordo com esta sua conclusão, mas adorei a imagem do pássaro.
Penso que somos muitos a jogar as gotas sobre o incêndio, que no fundo talvez seja bem menor do que queremos crer. E para usar uma metáfora (do Bebeto Alves) que há muito tempo viaja comigo:

                                          "SOMOS UM BANDO E MUITOS OUTROS".






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