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11 novembro 2013

Chove fora do aquário

     Jamais dei um passo em público que não comprometesse: é esse o meu critério de ação correta".
                                                                                                                                                                                           Nietzsche


Quando uma grande empresa comprou o Correio do Povo, pensei que o primeiro a sair seria o Juremir Machado da Silva.
Mas eles foram bem mais inteligentes do que eu imaginei. Não só o mantiveram, como ele passou a escrever diariamente no jornal.
Juremir é um dos jornalistas que goza de maior liberdade para se expressar, o que seria tolo desdenhar neste mundo vigiado.
Inventou para si uma metáfora e o poder de fogo de um "franco-atirador".
Ele está sempre envolvido em livros, produzindo, criando. É um cronista que pode argumentar com tranquilidade analisando a história, juntando os cacos do dia a dia e fazendo como que uma genealogia.

Hoje tive a alegria de participar do programa Esfera Pública, que é comandado por ele e pela competentíssima Taline Oppitz. Queridas pessoas. Ela tem a melhor voz do rádio (e provavelmente a melhor fora dele também).
Fiquei escutando o Marcelo Branco falando sobre marco civil da Internet. Aprendendo. Estava em luta pela liberdade de expressão, então já de cara estamos de acordo.
Dentro do aquário chamado Estúdio Cristal podíamos ver a rua lá fora, a chuva que engolia a cidade. Os guarda-chuvas anunciavam os anos cinquenta (embora estivéssemos em 2013) e as pessoas caminhavam apressadas rumo à  Rua da Praia do século passado.
O cinza da rua pintava um tom intimista no estúdio. Me senti em casa, num café.
Enfim, um belo momento.



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