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22 agosto 2013

Médicos

Venho da periferia, senti literalmente na carne o que é não ter atendimento médico.
Então, se são cubanos ou americanos que virão, pouco importa. As cidades de "fim de mundo" deste Brasil gigante (que nunca viram um médico) certamente os receberão com festa.
Talvez falte a muitos médicos brasileiros a noção do país que vivem, do abismo social que nos separa.
 As discussões ideológicas não resolvem a necessidade urgente de milhares de pessoas. Quem precisa de atenção e de cuidado espera encontrar diante de si um profissional atento, humano.
Penso que estas polêmicas todas estão ajudando, ao menos, para chamar a atenção sobre vários absurdos. A precária situação do atendimento de urgência nos hospitais públicos é um problema dos governos, com certeza.
Mas médicos que não cumprem horário ou tratam o serviço público como "bico", são problema também das entidades médicas. Há uma certa hipocrisia em discursos que tenho escutado.
Um exemplo do que me refiro é um determinado líder de associação médica. O sujeito aparece na tevê criticando "os médicos cubanos", a precarização etc. Questiona a falta de preparo e a formação destes médicos que virão ao Brasil. Até aí tudo bem. O detalhe é que seus dois filhos são formados em medicina. Em Cuba.

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