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27 fevereiro 2012

Malandragem, dá um tempo

Um tal deputado Pimenta diz que obras em estádios de futebol são "de interesse público". Em outras palavras: precisam ser pagas com dinheiro DO PÚBLICO.
Malandragem, dá um tempo.
São de interesse das construtoras, estas megaempresas que há décadas sugam nosso país.
E também da Fifa, dos patrocinadores, dos politicanalhas, das redes milionárias de TV...enfim, de todos os tipos de malandros que nos tratam como o rebanho que nós insistimos em ser.

26 fevereiro 2012

O Oscar

O Oscar é um evento midiático da indústria de cinema americana. Para premiar seus próprios filmes. Apenas isto. Indústria e mídia.
Até surgem ali alguns filmes bons e eventualmente muito bons, porém se reduzem aos filmes norte-americanos e alguns outros que eles resolveram valorizar por algum motivo.
99,9% dos bons filmes produzidos no mundo não estão ali.
A indústria de filmes da Índia, por exemplo, é maior que a americana. E o que sabemos dela?? E os filmes italianos? Argentinos? Franceses? Não sabemos nada vezes nada.
De vez em quando algum filme "estrangeiro" fura o bloqueio e faz sucesso, aí as pessoas saem comentando como se tivessem descoberto a roda.

No fundo, seguimos colonizados como sempre.
E a Globo fazendo seus filminhos, que mais parecem telenovelas de 90 minutos.

20 fevereiro 2012

De volta



Uma bela fotografia para retomar as postagens no blog. De volta. Esta pequena tempestade assisti da sacada, ontem. Com prazer.

Em casa, uma das correspondências é de um padre e vem com uma "medalha milagrosa" que promete tudo fazer para seu portador. O tal padre envia juntamente com a medalha uma carta. Ele diz que "deseja ardentemente" que todos tenham o tal troço. Deseja, é? Humm...sei. E sugere uma contribuição de 25 reais para a sua boa causa de distribuir medalhas milagrosas. Eu disse obrigado, mas não estou necessitando de milagres no momento.

Nos sites de notícias a dor de sempre. A violência. Uma criança assassinada brutalmente. Acidentes de trânsito e a Polícia Rodoviária continua sendo uma ficção (eu nunca vi). Animais maltratados morrem nas ruas de Porto Alegre de sede e fome. A velha "Humanidade" de sempre.

Na casa da praia as formigas invasoras me presentearam com um 'insight' que rendeu um bom argumento dentro do romance.

Entre os tantos e-mails de cada dia, uma chamada Ordem dos Gregários quer que eu me agregue. Mas não sou muito chegado a ordens. Sobretudo a estabelecida, que nos reduz a consumidores passivos dessa ....[palavra censurada pelo Superego]

O Rio Grande do Sul, famoso pelo frio de gentes e climas, registra calorões históricos. Cidades inteiras migram para o litoral, que se transforma num formigueiro humano. Deve fazer calor lá também.

Por aqui, seguimos esses dias na bolha caseira. Flutuando entre cuidados com o Érico (que caminha e sorri emocionado) e os personagens que insistem em embaralhar minha mente. Até na ficção a maioria gostaria mesmo é de ser feliz. Mas um romance apenas com açúcar não faria nenhum sentido. Isto vou dizendo para eles e elas.

Em Brasília um ministro importante da presidente pede perdão para a bancada evangélica. Perdão. E as mãozinhas unidas como bom menino. Ai que meigo. Eles deveriam pedir perdão é pela extensão da mediocridade de uns e outros e todos. Ele não tem medo de se achar ridículo? Claro que não. Neste tempo brega o ridículo é o sucesso.

O tempo passa agalopado. Mesmo levando uma vida tranquila persiste a impressão de que dias passam com a rapidez de poucas horas. Nosso tempo anda depressa. Quer chegar rápido ao seu lugar nenhum.

Impressão minha ou nos permitimos bem menos do que poderíamos?

A classe média na sua vidinha de assistir Big Brother me assusta. Onde encontrar espaço para tanto vazio?

Mas vamos nessa. "As horas nuas" me olham aqui ao lado e minhas personagens me dão tapas na nuca: "Como é que é, vai acabar logo este livro ou não?".




[Foto de Fernando Mainar, Correio do Povo virtual em 19/02/2012]