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07 junho 2011

Palocci e o capitalismo

O caso Palocci foi notícia nas últimas semanas. Um ex-ministro da Fazenda que sai de um governo sob várias acusações e depois enriquece dando "consultoria" à empresas. Seu amigo Zé Dirceu já havia feito o mesmo.
O sujeito enriqueceu 20 vezes em quatro anos.
Jogo de interesses e a venda de informações privilegiadas? Com certeza.
Tá, até aí todos concordam - mesmo os que fingem ingenuidade.
Ele caiu do governo e volta para seus luxos, desfrutar os milhões que faturou.
Ponto final ao que parece, pois sabemos bem que a rica Justiça é lenta para julgar os seus.

Todos que criticaram Palocci, sempre começavam suas falas (num tom sério) dizendo que "é direito de qualquer um ter uma grande evolução patrimonial, mas...". E que não há problema algum em uma empresa de consultoria lucrar tanto, se não fosse esse o contexto.

Me incomoda muito esta normalidade, estas "evoluções patrimoniais" defendidas pelo centro, esquerda, direita e retaguarda.
Legalmente ou ilegalmente, é justo que alguém lucre tanto?
Faz sentido um sistema onde um homem pode acumular tanta riqueza em tão pouco tempo?

O capitalismo é insano em muitos sentidos. Este do acúmulo infinito de riqueza talvez seja o maior deles. Qual o sentido em um homem sozinho ter um patrimônio maior do que tudo o que possuem outros 500 milhões de homens?

Danem-se os teóricos que tentam justificar tamanho absurdo (embora andem sumidos).
Danem-se as leis que o justificam.
E todos os lambe-botas que ocupam diariamente espaços nas mídias, tentando nos vender a ideia de que o mundo sempre foi assim e de que não há coisa alguma a fazer...

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