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18 novembro 2010

Érico e a lua

A lua está ficando cheia
e logo você vem

será que também
cheguei numa bela noite
de primavera?

eu e a Míti
saímos a ver
o vento
e a sentir
a lua

nos diz ela
que você vem chegando

e que tua cabeleira
vem ornada de estrelas

teus dons todos
se abrindo
e recebendo o dia


vi o teu ser
e fui ver
o sol

a pele da tua mãe
se morenava
em largos goles
de crepúsculo

te esperamos.

14 novembro 2010

O Amor (parte I)


“Quanto mais o amor me transpassar, quanto mais violentamente
me fizer arder, tanto melhor me vingarei das minhas feridas” (Ovídio)

Os deuses fizeram uma grande festa, onde apenas a deusa Penia (Pobreza), miserável e faminta, não foi convidada. Mas, ao final da festa, Penia aparece, come os restos e dorme com o deus Poros (Riqueza) sem que ele compreenda o que está acontecendo. Da relação dos dois nasceu Eros (Cupido), que como sua mãe está sempre sedento e faminto mas, como seu pai, tem sempre astúcia para se satisfazer e se fazer amado.
O amor, assim, é representado como a ânsia de sair de uma situação de penúria para uma de riqueza, a oscilação entre possuir e não possuir; algo que não se tem e se deseja ter, ou se tem ainda que não se saiba; o que se quer viver e não se vive ou o que se está vivendo sem perceber.
Em outro mito, Eros é filho de Afrodite e Ares. Vive flechando os corações para apaixoná-los, mas acaba ele mesmo se apaixonando por Psiqué (Alma). Sua mãe, com inveja da beleza de Psiqué, afasta-a dele e a submete a duras provas e sofrimentos, dando-lhe como companheiras a Inquietude e a Tristeza. Novamente aparece o amor como união de elementos opostos, ou como nas palavras de Sócrates no Banquete: “É capaz de desabrochar e de viver, morrer e ressuscitar no mesmo dia. Come e bebe, dá e se derrama, sem nunca estar rico ou pobre”.
Para Platão, Eros deve subordinar-se a Logos, ou seja, o amor subordina-se à razão. A razão é mais forte que a paixão e a comanda, ao contrário do que sugere a música de Tom Zé: “Amar, amar/ceder ao coração/a razão...” Já um filósofo como Nietzsche vai num caminho distinto do de Platão. Deixar a razão comandar, diz ele, é uma estupidez, atitude de fracos que temem o poder avassalador de seus próprios instintos, de sua força vital. Para ele, bom é tudo o que fortalece o desejo da vida e a razão não deve intrometer-se e ditar regras. Mas será mesmo assim? Será que é a própria razão um problema? Ou será que devemos guiar-nos por ela e controlar nossas paixões?




(Na foto, o casamento de Fernanda e Jordi. Porto Alegre, outubro de 2010)

Robótica Dolores


Parabéns aos alunos do grupo de Robótica da Escola Dolores, que irão nos representar na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica, em São Paulo. Parabéns à professora Vera Sotério, que coordena, organiza e "puxa" o grupo...
A ida se dá a partir do resultado da participação do grupo no Torneio FLL Regional FEEVALE Smart Move (em Novo Hamburgo, no final de outubro), do qual tive a alegria de acompanhá-los.


(Na foto, prof. Vera sendo entrevistada em evento anterior)